Zamp comunicou que está negociando o direito de explorar a marca e desenvolver operações da rede de cafeterias no Brasil
A Zamp, master franqueada no país das redes de fast food Burger King e Popeyes, confirmou, nesta quarta-feira, 21, que está em negociações com a Starbucks Corporation sobre direito de uso de marca e desenvolvimento das operações da companhia norte-americana no Brasil. Anotícia foi veiculada nesta terça-feira, 20, no Valor Ecomômico.
Após declarar que “no curso normal de seus negócios, é comum a avaliação de novas oportunidades de investimento que possam gerar valor para a companhia e seus acionistas”, a empresa ressaltou que “neste contexto, a companhia iniciou tratativas com a Starbucks Corporation envolvendo o direito de explorar a marca e desenvolver a operação da Starbucks no Brasil, não tendo sido apresentada qualquer proposta ou celebrado qualquer acordo ou contrato com a Starbucks Corporation, exceto por um acordo de confidencialidade”.
Existem atualmente 135 lojas Starbucks em operação no Brasil, e esta tratativa ocorre após o grupo SouthRock, que operava a marca no país, entrar com pedido de recuperação judicial em 9 de fevereiro, com dívida bruta de R$ 1,8 bilhão.
De acordo com a reportagem do Valor Econômico, as conversas entre a Zamp e a Starbucks começaram em dezembro de 2023, diretamente à matriz da empresa, nos Estados Unidos. O fundo árabe Mudadala, que é sócio da Zamp, estaria conduzindo as conversas diretamente com a Starbucks Corporation.
Ainda segundo o Valor Econômico, outras duas cadeias de restaurantes não divulgadas, sondaram a Starbucks Corporation a respeito de uma possível negociação.
Entenda a situação da Starbucks no Brasil
Segundo a Starbucks Brasil, a pandemia de covid-19, somada aos problemas de inflação, com permanência de taxas de juros elevadas e outros desafios, afetaram as operações no Brasil, acumulando dívida em torno de R$ 1,8 bilhão.
Diante do cenário, no início de novembro do ano passado, a Starbucks Coffee International Inc. solicitou o encerramento das atividades dos negócios no Brasil pela South Rock Capital, empresa responsável pela operação da marca da rede no País desde 2018.
Na época, a operadora declarou que as marcas continuariam operando e entregando os produtos da Starbucks. Porém, em 31 de outubro, a controladora da marca abriu pedido de recuperação judicial na 1a Vara de Falências da Justiça de São Paulo, e logo após a publicação do pedido de recuperação judicial, foi veiculada a notícia de que a Starbucks já havia fechado 43 lojas no Brasil.
Imagem: divulgação