Hydronorth distribui bônus de R$ 1,7 milhões entre todos os funcionários

Já imaginou chegar no trabalho e descobrir que ganhou um bônus de R$ 7 mil, e que este valor representa até 4 vezes o seu salário? Parece bastante irreal, principalmente se você ocupa um cargo que está fora do topo da organização, onde ficam gerentes, diretores e CEOs. Isso aconteceu, e em uma empresa familiar de médio porte no ramo de tintas e resinas, em Cambé, no interior do Paraná.

A ação inédita é da Hydronorth, que distribuiu igualmente entre os seus 192 funcionários, um resultado de R$ 1,7 milhões. E ainda é um valor extra dos bônus já entregues durante o ano, fruto de um planejamento iniciado há cinco anos, que foi colocado em prática e rendeu excelentes resultados.

A bonificação por resultados é um método comum nas maiores empresas do mundo, especialmente as de mercado aberto como Google e IFood. Mas o projeto, que na Hydronorth, ganhou o nome UAU, tem uma relação muito próxima ao propósito da organização que é “Promover vida onde estivermos”, e envolver todos como parte do negócio.

Com uma trajetória de mais de 40 anos com políticas que focam na valorização de pessoas, e impulsionados por um momento desafiador do mercado, Matheus Góis, CEO da Hydronorth, decidiu aproveitar a vocação e impulsionar o clima organizacional e os negócios. “Sempre tivemos programas internos para valorização profissional, inclusão, com políticas para as pessoas, compliance, governança. Porque acreditamos que é importante mexer com o propósito de quem está com a gente. Nosso foco foi envolver todos, não somente para fazer bem o trabalho, mas que eles entendessem que também devem fazer parte do resultado”, conta Matheus.

O cálculo das bonificações

Para chegar à fórmula e expandir o bônus da gestão até o chão de fábrica, a empresa partiu de uma base crescente de bônus. Já existia há muitos anos uma meta do EBITDA (Earnings before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, ou em português, Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), que é um dos principais indicadores utilizados na análise de empresas para medir o êxito da operação.

“Toda construção do orçamento tem que gerar uma meta de EBITDA, e essa é uma meta que as empresas buscam, ano após ano, sempre crescendo, sempre tentando performar. Foi quando decidimos que este seria também um balizador para compartilhar riqueza, o que é o programa UAU. Então tínhamos uma meta de venda em 2023, superamos, apresentamos um novo desafio com mais bônus, foi também superado, e colocamos então a superação da meta do desafio, onde 50% desse lucro não voltaria para empresa, mas seria dividido entre todos igualmente”, explica Góis.

Para o departamento de recursos humanos, ações como esta transformam o clima organizacional. O resultado desses 50%, foi de R$ 1,7 mi, o que deu, por exemplo, para os 70 trabalhadores da fábrica uma média de R$ 7.300, o equivalente a 2,6 salários de premiação. “Vou comprar à vista, sem precisar de financiamento. Agradar minha mulher com um jogo de quarto novo e ainda vou conseguir guardar a outra parte do dinheiro para ir para praia”, conta o colaborador Olivio Santana, que atua na empresa há oito anos, como conferente de produtos. “Achava que era menos, deu muito mais!”, comemora.

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