Estudo global do Google Cloud aponta que 74% das empresas que adotaram a tecnologia já colhem retornos significativos, com impactos diretos em produtividade e gestão de talentos
A inteligência artificial generativa (GenAI) está remodelando não apenas a operação das empresas, mas também sua forma de pensar e distribuir talentos. Segundo um levantamento global do Google Cloud, 74% das empresas que adotaram a IA generativa já registram retornos consistentes sobre o investimento. Além disso, 45% delas observaram que a produtividade de suas equipes dobrou após a implementação da tecnologia.
O avanço da IA no ambiente corporativo vai além da automação. Ela redefine o papel dos profissionais ao assumir tarefas repetitivas e operacionais, liberando tempo e energia para iniciativas estratégicas. Isso cria oportunidades concretas para práticas de reskilling (requalificação para novas funções) e upskilling (melhoria de habilidades em funções atuais), que vêm sendo cada vez mais valorizadas na gestão de talentos.
“O uso da IA nas tarefas repetitivas transforma a rotina dos profissionais, permitindo que eles se tornem protagonistas em áreas de maior impacto”, destaca o executivo Carlos Sena, fundador da AIDA, uma plataforma de IA generativa voltada para decifrar a Voz do Cliente. Para ele, a tecnologia deve ser vista além de uma simples ferramenta de automação: “Não devemos ver a tecnologia apenas como uma ferramenta de automação, mas também como uma chave para transformar o papel do profissional”.
Sena aponta que realocar talentos para funções mais analíticas e criativas tem se mostrado uma estratégia eficaz para impulsionar tanto a inovação quanto a motivação interna das equipes. “Imagine liberar estas equipes e direcioná-las para áreas estratégicas. Em vez de monitorar ligações ou tabular dados manualmente, essas pessoas poderiam se concentrar em iniciativas táticas, como a criação de planos de expansão. Em algumas empresas, este movimento já é realidade”, exemplifica.
Com 72% das empresas globais já utilizando alguma forma de IA, segundo dados da McKinsey, o momento é de transformação acelerada. Para os líderes empresariais, o desafio atual é identificar como redesenhar estruturas internas e realocar recursos com o apoio da tecnologia, sem perder de vista o desenvolvimento humano.
“A mudança de rota é que, ao automatizar algumas tarefas, conseguimos realocar e reinventar talentos, posicionando-os onde possam contribuir mais e melhor ao negócio, além de impulsionar a inovação”, conclui Sena.
A inteligência artificial generativa, portanto, está deixando de ser apenas uma promessa e se consolidando como uma vantagem competitiva real, tanto para os resultados financeiros quanto para a evolução dos profissionais nas organizações.