IA avança, mas líderes não planejam reduzir equipes

Pesquisa da Korn Ferry mostra que, apesar do avanço da inteligência artificial, 90% das empresas não pretendem reduzir seus quadros de colaboradores

Mesmo com o crescimento acelerado da inteligência artificial generativa no ambiente corporativo, a grande maioria das empresas não prevê a redução de suas estruturas internas no futuro. Essa é uma das principais conclusões do estudo Tendências de RH 2024-2025, conduzido pela consultoria global de gestão organizacional Korn Ferry, que analisou o impacto da tecnologia nas práticas de recursos humanos, uso de ferramentas, maturidade digital e adoção de soluções de IA pelas companhias.

De acordo com o levantamento, apenas 9% das empresas planejam reduzir sua estrutura organizacional por conta da IA no futuro, enquanto 90% não têm essa intenção e 1% já tomou essa medida. O dado contraria a percepção comum de que a automação levaria, inevitavelmente, à diminuição de postos de trabalho.

A pesquisa também revelou que ainda há uma lacuna significativa no conhecimento sobre inteligência artificial generativa dentro das empresas. Apenas 1% dos respondentes afirmou que sua organização possui habilidades aprofundadas nessa tecnologia, enquanto 36% discordam dessa afirmação e 38% se mantêm neutros.

A baixa familiaridade com a IA se reflete também no uso prático dessas ferramentas: 74% das empresas afirmaram que não utilizam tecnologias de inteligência artificial generativa em seus processos internos, enquanto apenas 26% fazem uso. Entre as ferramentas mais utilizadas, destacam-se o ChatGPT (62%) e o Copilot (52%), seguidos por Viva (4%), Bard (1%) e outras (26%).

“Há falta de habilidades em IA. Nós temos o desafio de escassez de profissionais que sejam mais qualificados, o que limita sua capacidade de aproveitar os benefícios dessa solução. Além disso, a complexidade com a tecnologia e a incerteza sobre o retorno do investimento de fato também dificulta a adoção”, explica Rodrigo Accarini, sócio e líder da área de Soluções Digitais da Korn Ferry no Brasil.

O levantamento investigou ainda como a IA generativa tem sido aplicada no cotidiano das organizações. Os principais usos relatados foram na eficácia de processos (59%) e chatbots internos (59%), seguidos por pesquisas internas (48%), análises preditivas (42%) e redução de vieses (23%).

Em termos de setores e áreas de RH, a percepção sobre o uso atual da IA generativa foi avaliada em uma escala de 1 (muito baixo) a 5 (muito alto). Entre os que receberam as notas mais baixas estão saúde e segurança no trabalho (56%), gestão de mudança e desenvolvimento organizacional (55%), people analytics (43%), comunicação interna (45%) e diversidade e inclusão (58%).

Para o futuro, a pesquisa também investigou o potencial de aplicação da IA nessas mesmas áreas, revelando um cenário com expectativa de crescimento, ainda que marcado por desafios estruturais, culturais e técnicos.

“Embora a inteligência artificial seja uma tendência inevitável, as empresas demonstram resistência em adaptá-la aos seus processos. A falta de conhecimento sobre a nova tecnologia, a preocupação com a reestruturação interna e o medo de perder empregos são alguns dos principais obstáculos que notamos. É fundamental oferecer informações e suporte para auxiliar as empresas na superação desses desafios e aproveitar os benefícios da IA”, conclui Accarini.

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