Levantamento com líderes dos EUA e Reino Unido mostra que empresas com trabalho flexível têm mais otimismo, produtividade e poder de atração de talentos
Em meio a um cenário econômico desafiador, CEOs que lideram empresas com modelo de trabalho híbrido demonstram maior otimismo em relação ao crescimento para 2025. Segundo pesquisa do International Workplace Group (IWG), 75% das companhias que oferecem algum nível de flexibilidade no trabalho têm uma visão mais positiva do ambiente de negócios em comparação com o ano anterior. Já entre as que mantêm o trabalho exclusivamente presencial, o índice de otimismo cai para 58%.
O estudo, conduzido com mais de 1.000 CEOs e executivos seniores dos Estados Unidos e do Reino Unido, indica que o modelo híbrido está diretamente ligado à confiança das lideranças no futuro. Entre os líderes que adotam a flexibilidade, 58% afirmam estar mais confiantes do que no ano anterior — quase o dobro em relação aos que não oferecem alternativas ao trabalho presencial (30%).
A pesquisa também revela que o modelo híbrido tem impacto direto na redução de custos, atração de talentos e aumento de produtividade. Entre os líderes de empresas flexíveis, 79% relataram economia com despesas operacionais, como aluguel e manutenção de escritórios, ao adotar espaços de trabalho compartilhados ou temporários. Além disso, 75% enxergam a flexibilidade como uma estratégia para enfrentar desafios econômicos futuros, como oscilações de mercado e aumento de impostos.
A maioria dos CEOs também percebe ganhos práticos e humanos com a mudança. Entre as empresas híbridas, 72% observaram aumento de produtividade e 71% relataram maior facilidade em atrair e reter talentos. A conexão entre flexibilidade e desempenho também foi confirmada por estudo do professor Nicholas Bloom, da Universidade de Stanford, publicado na *Nature*, que indica aumento da satisfação e queda de 33% nas taxas de demissão em ambientes híbridos, sem impacto negativo na performance.
A perspectiva de crescimento para 2025 é mais forte entre os líderes que adotam o modelo híbrido: 67% esperam crescimento no próximo ano, e 48% planejam ampliar sua equipe. Entre os que não oferecem flexibilidade, apenas 51% projetam crescimento, e 38% preveem expansão do quadro de colaboradores. Outros benefícios apontados pelos CEOs incluem maior satisfação das equipes (53%), melhor retenção de talentos (43%) e ganho de produtividade (46%).
“Os resultados do estudo refletem uma realidade que também observamos no Brasil. As empresas que adotam o modelo híbrido por aqui estão colhendo benefícios claros em produtividade, economia de custos e retenção de talentos – fatores que fortalecem a confiança no crescimento em 2025″, afirma Tiago Alves, CEO Brasil do IWG.
O otimismo apontado entre líderes dos EUA e do Reino Unido também se manifesta no mercado brasileiro, onde a flexibilidade no trabalho vem se consolidando como diferencial competitivo. “As empresas que desejam crescer precisam reter e atrair os melhores talentos – seu maior ativo estratégico. O modelo híbrido oferece essa vantagem. Não é surpresa que os CEOs que o adotam estejam mais otimistas”, afirma Mark Dixon, CEO global do IWG.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa foi realizada em janeiro de 2025 pela Mortar Research com 1.020 líderes empresariais — 505 no Reino Unido e 515 nos Estados Unidos. A Mortar é credenciada pela Market Research Society (MRS), e o estudo seguiu todas as diretrizes internacionais de pesquisa corporativa.
Sobre o International Workplace Group
O International Workplace Group (IWG) é líder global em soluções de trabalho híbrido, com marcas como Regus, Spaces e HQ. A empresa possui cerca de 4.000 unidades em mais de 120 países, atendendo desde grandes corporações – incluindo 83% das empresas da Fortune 500 – até pequenos empreendedores. No Brasil, oferece espaços de trabalho flexíveis e profissionais com acesso facilitado por aplicativo próprio.
