Café Apuí Agroflorestal conquista reconhecimento global

Projeto em Apuí se destaca por qualidade sensorial, impacto socioambiental e reconhecimento internacional como uma das 100 startups de sustentabilidade para 2025

A produção de café na Amazônia acaba de alcançar novo patamar com o avanço do projeto Café Apuí Agroflorestal, que une práticas sustentáveis, genética de qualidade e protagonismo de comunidades locais no município de Apuí, no sul do Amazonas. Com lavouras cultivadas em sistemas agroflorestais e foco na espécie Coffea canephora (robusta), o projeto concluiu recentemente uma nova etapa de plantio e vem ganhando destaque no cenário nacional dos cafés especiais.

Sob responsabilidade da Amazônia Agroflorestal, empresa que atua na comercialização e assistência técnica da produção, a iniciativa foi reconhecida globalmente pela rede We Make Change como uma das 100 startups de sustentabilidade mais relevantes do mundo para 2025. A seleção destaca projetos com foco na regeneração ambiental e fortalecimento de comunidades locais.

A produção do Café Apuí Agroflorestal aposta em sistemas sombreados, com integração entre o café robusta e espécies nativas da floresta. Criado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), o projeto resgata áreas degradadas e recupera a atividade produtiva de famílias que haviam abandonado o cultivo tradicional. Até 2024, já foram plantadas mais de 120 mil mudas nativas, com 265,5 hectares restaurados e 10,7 mil hectares conservados. A produção total já soma 131 toneladas de café, com a participação ativa de 134 famílias da região.

Com genética dos chamados “Robustas Amazônicos”, o projeto aposta em uma linhagem resistente, adaptada ao clima da região e de alta qualidade sensorial. Segundo a Associação Nacional dos Produtores de Conilon e Robusta (Anapec), os cafés robusta da Amazônia reúnem atributos únicos: resiliência climática, produção regenerativa e excelente perfil sensorial.

Uma consultoria técnica em qualidade, recentemente concluída, capacitou os produtores locais a alcançar notas superiores a 80 pontos na escala sensorial, abrindo espaço para inserção em concursos e feiras nacionais de cafés especiais. Um dos resultados dessa capacitação foi a classificação de um produtor de Apuí entre os 30 melhores cafés do Brasil no prêmio Coffee of The Year (COY), representando o estado do Amazonas.

Além da qualidade da bebida, o projeto também promove impacto social. “O trabalho foca no aumento da produtividade e na melhoria da qualidade da bebida, com manejo técnico e colheita cuidadosa. O sistema agroflorestal contribui para a sustentabilidade ambiental e para o retorno econômico dos agricultores”, destaca Poliana Perrut, consultora do Idesam.

Para a próxima safra, a meta é capacitar pelo menos 30 novos produtores, com foco na inclusão de mulheres e jovens nas atividades do campo, ampliando a geração de renda de forma inclusiva e sustentável.

O reconhecimento da Amazônia Agroflorestal pela We Make Change reforça a visibilidade da região como um novo polo de produção de cafés especiais no Brasil, com protagonismo socioambiental e perspectiva de crescimento estruturado e regenerativo.

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