Com foco em tecnologias emergentes, novo centro visa conectar ciência e mercado para criar soluções disruptivas e fortalecer o ecossistema de inovação no Brasil
Reafirmando seu protagonismo na transformação digital do setor bancário, o Itaú Unibanco anunciou a criação do Instituto de Ciência e Tecnologia Itaú (ICTi), um novo centro de pesquisa e desenvolvimento voltado à inovação aberta e ao avanço científico no país. Mais do que um polo de estudos, o ICTi nasce como um motor estratégico com o propósito de fomentar soluções tecnológicas de alto impacto, aproximando o banco de universidades, pesquisadores e ecossistemas de inovação, e conectando ciência aplicada com o mercado financeiro.
O instituto atuará como um ambiente de experimentação contínua, com foco em tecnologias emergentes e projetos de alta complexidade. “O ICTi será um ambiente de experimentação contínua, onde conseguimos explorar o potencial máximo de tecnologias emergentes e transformá-las em soluções aplicáveis, seguras e escaláveis tão logo alcancem o amadurecimento necessário. O Instituto compõe nossa estratégia de inovação descentralizada, que permeia os mais diversos times dentro do banco em prol da geração de benefícios para os clientes e para a vida das pessoas. Mais do que estudar novas tendências, queremos ajudar a construir o futuro, colocando o Brasil no centro do avanço tecnológico financeiro global”, destaca Carlos Eduardo Mazzei, diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco.
Foco em ciência de ponta
As principais frentes de pesquisa do ICTi envolvem Inteligência Artificial, Computação Quântica, Realidade Estendida, Neurociências e Robótica. O centro já inicia suas atividades com cerca de 50 projetos em andamento e três modelos de programas de bolsas, com universidades brasileiras e internacionais, estruturados de acordo com o nível de maturidade tecnológica (TRL), tipo de parceria e categoria da propriedade intelectual.
Atualmente, mais de 80 pesquisadores externos participam das iniciativas do ICTi por meio de bolsas remuneradas. Esses profissionais — de níveis de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado — são selecionados com base em sua formação técnica avançada e trabalham em projetos voltados à solução de desafios reais de negócios e à melhoria da experiência dos clientes do Itaú.
“O Itaú carrega em sua história a inovação como valor fundamental. Ao investir mais diretamente em ciência e tecnologia de ponta, reafirmaremos nosso compromisso de liderar a criação de novos paradigmas tecnológicos para o setor financeiro no Brasil e de inspirar mudanças positivas para toda a sociedade, fortalecendo os alicerces para o que acreditamos ser o banco do futuro. Nosso objetivo é transformar conhecimento em impacto, criando soluções que não apenas aprimorem a experiência dos nossos clientes, mas que também ajudem a desenvolver o país e a ampliar oportunidades no ramo de pesquisa e desenvolvimento”, complementa Mazzei.
Parcerias estratégicas com o meio acadêmico
A criação do ICTi fortalece e amplia uma trajetória de parcerias estratégicas do Itaú com universidades e centros de pesquisa. Desde 2017, o banco mantém colaboração com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), explorando o potencial da Inteligência Artificial e IA generativa para aprimorar serviços bancários e enfrentar ameaças cibernéticas. Em 2018, iniciou também a parceria com o Centro de Ciência de Dados da USP (C²D), e, mais recentemente, em 2025, passou a integrar o Programa de Indústrias Afiliadas do Stanford HAI, conectando-se a especialistas em Inteligência Artificial responsável.
“A USP e o Itaú possuem uma parceria de longo prazo com o objetivo de impulsionar pesquisas de excelência e promover a capacitação de talentos, fortalecendo o ecossistema nacional de inovação. Com o lançamento do ICTi, essa colaboração ganha um novo fôlego, consolidando um modelo de cooperação comprometido em alavancar a ciência no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento de soluções inovadoras e preparando profissionais capacitados para enfrentar os desafios do futuro, posicionando o país em destaque no cenário global de tecnologia e pesquisa”, afirma Anna Reali, professora titular de Engenharia de Computação da USP e coordenadora do C²D.
Além das universidades internacionais, o Instituto estabelece parcerias com importantes instituições brasileiras, como as universidades federais de Pernambuco (UFPE), Paraná (UFPR), Goiás (UFG) e Fluminense (UFF), além de entidades como a Fundação Itaú, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de São Paulo.
“Para nós, é uma honra poder contribuir com este projeto. Vivemos uma era singular, cheia de oportunidades inovadoras. Esperamos endereçar, de forma conjunta, desafios científicos e tecnológicos com potencial de alto impacto para o país”, ressalta Anderson Soares, pesquisador do Centro de Competência EMBRAPII em Tecnologias Imersivas, setor de ciência aberta do Centro de Excelência em Inteligência Artificial da UFG.