A companhia é proprietária das marcas Nescafé, Nespresso e da linha de produtos embalados da Starbucks
O mundo do café está em transformação em prol do meio ambiente, e a Nestlé, proprietária de marcas gigantes, como Nescafé, Nespresso e da linha de produtos embalados da Starbucks, está empenhada com a questão do controle de emissões de poluentes no segmento, se comprometendo a reduzir em 50% a emissão de carbono até 2030. Mas, para realizar a promessa, deverá garantir, já em 2025, que todo o café e cacau usados em suas produções possuam certificação ambiental, e que 20% sejam de agricultura regenerativa.
Grande parte das emissões de gases poluentes atribuídas à Nestlé estão nos processos de agricultura e pecuária dos fornecedores, tais quais a criação de vacas-leiteiras, plantações de cacau, café e cana-de-açúcar. Somente em 2018, foram geradas 92 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono).
Dentre as ações implementadas para reduzir as emissões na agricultura cafeeira, estão: produzir com a técnica conhecida por agrofloresta, que consiste no cultivo em meio às árvores. A ação ganha ainda mais relevância se a produção ocorrer em áreas de recuperação de desmatamento; optar pelo uso de biodefensivos, fertilizantes naturais e água de reuso; reduzir a quantidade de combustíveis utilizados na torra do grão.
Uma das ações desenvolvidas pela Nestlé é a produção, em parceria com a Fundação Procafé, de uma nova variedade de café, batizada de Star 4. Ela consiste em um processo de melhoramento genético, a partir das plantas Typica e Catimor, que já estão sendo plantadas na região de Franca (SP), e cujo cultivo, segundo cálculos da companhia, reduzem em até 41% a emissão de gases.
A produção destes grãos diferenciados com certificação de práticas ambientais e também os grãos “premium”, vem apresentando crescimento, inclusive nas operações de exportação.