País também é o principal fornecedor de azeite de oliva, seguido por Tun;isia, Chile e Grécia
O mercado de vinhos portugueses está em ascensão no Brasil, com as importações da bebida provenientes de Portugal. Em 2023 foi registrada entrada de cerca de 5,8 mil TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), o que representa um crescimento de 18% em comparação ao ano anterior, 2022. Esse avanço coloca Portugal na segunda posição entre os maiores fornecedores de vinhos ao Brasil via transporte marítimo, ultrapassando a Argentina.
De acordo com Verônica Melo, analista de produto de importação marítima do Grupo Allog, a expansão no consumo de vinhos portugueses reflete uma tendência nacional de crescente interesse por vinhos brancos. No entanto, os vinhos tintos ainda dominam o mercado, com 71% da preferência dos consumidores, enquanto os brancos e rosés somam 29%.
Verônica também ressalta que a liderança de Portugal na importação de azeite de oliva para o Brasil e o crescimento no consumo de vinhos portugueses são resultados da qualidade e tradição dos produtos lusitanos. Apesar disso, o aumento expressivo no preço do azeite, impulsionado por fatores climáticos, é um desafio para manter o produto acessível aos consumidores brasileiros.
Portugal também lidera na importação de azeite de oliva
Além de vinhos, Portugal se consolida como o principal fornecedor de azeite de oliva para o Brasil. Em 2023, o Brasil importou 8.340 TEUs de azeite português. Espanha e Itália também se destacaram como importantes fornecedores, seguidos por Tunísia, Chile e Grécia.
No entanto, o cenário do azeite de oliva em 2023 foi marcado por um aumento de quase 80% no preço, o maior em sete anos, devido ao calor extremo que afetou a produção de azeitonas na Europa em 2022. A Espanha, maior produtora mundial, viu sua produção cair 48%, enquanto Portugal registrou uma redução de quase 40%.
Apesar do crescimento na produção nacional, que atingiu cerca de 60 mil litros em 2023, o Brasil ainda não consegue atender à sua demanda interna, o que o coloca como o terceiro maior importador de azeite de oliva no mundo.