Itens como agilidade e economia tornam a solução uma opção atrativa, mas desafios de segurança e tecnologia ainda precisam ser superados
A tecnologia Tap to Pay, que permite realizar pagamentos por aproximação utilizando apenas o smartphone, está conquistando espaço no mercado brasileiro. Em especial, pequenos e médios empresários têm adotado a solução como alternativa mais ágil e econômica, dispensando o uso de maquininhas físicas. No entanto, questões relacionadas à segurança e à adaptação tecnológica ainda representam obstáculos significativos para a expansão dessa modalidade.
De acordo com uma pesquisa da PiniOn, realizada em outubro de 2024, metade da população brasileira já utilizou o Tap to Pay, representando um aumento de quatro pontos percentuais em comparação com maio do mesmo ano. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) destaca que rapidez e comodidade são os principais atrativos da tecnologia, citados por 87% dos usuários.
A simplicidade do processo é um dos fatores que mais atraem empreendedores, permitindo que o pagamento seja realizado diretamente pelo celular. “Nosso objetivo é oferecer uma solução de pagamento simples e eficiente para negócios de todos os portes, aproveitando dispositivos que já fazem parte do cotidiano dos empresários”, afirma Robson Marques, Vice-Presidente de Negócios e Compliance da AQPAGO, uma das pioneiras no Brasil no desenvolvimento de soluções de pagamento por smartphone.
Desafios de segurança e adaptação tecnológica
Embora a tecnologia ofereça benefícios evidentes, como redução de custos e praticidade, ela ainda enfrenta desafios, especialmente em regiões com infraestrutura digital limitada. “A segurança e a estabilidade das transações móveis continuam sendo desafios, especialmente em um cenário de crescente digitalização”, ressalta Robson Marques. Ele também destaca que a instabilidade de conexão pode impactar diretamente os negócios, especialmente em áreas onde a infraestrutura é mais precária.
Outro ponto que limita a adoção do Tap to Pay é a necessidade de dispositivos compatíveis. A dependência de smartphones modernos ainda exclui uma parcela significativa da população, dificultando a democratização da tecnologia. Para contornar esse obstáculo, a AQPAGO lançou um programa de crédito voltado para microempresários, possibilitando a aquisição de smartphones de última geração e eliminando a necessidade de maquininhas tradicionais.
“A medida reflete o compromisso da empresa com a transformação digital no mercado de pagamentos, ampliando o acesso a soluções inovadoras e oferecendo novas possibilidades para aqueles que não teriam condições de investir em terminais de pagamento convencionais”, explica Elizabeth Pereira, Diretora de Produtos e Canais de Negócios da AQPAGO.
Adesão entre jovens e potencial de crescimento
Entre os usuários do Tap to Pay, 74% consideram a velocidade como principal vantagem, enquanto 63% destacam a segurança em relação aos métodos tradicionais. A tecnologia tem conquistado especialmente o público jovem, que busca soluções práticas e rápidas para suas transações financeiras.
A compatibilidade com os sistemas operacionais iOS e Android, no entanto, continua sendo um desafio técnico. “Desenvolver uma solução compatível com ambos os sistemas operacionais não é tarefa simples. Requer adaptações contínuas, mas é fundamental garantir a melhor experiência possível para o usuário”, enfatiza Robson.
Com a expectativa de maior adesão nos próximos anos, a tecnologia Tap to Pay tem potencial para transformar o varejo brasileiro, oferecendo uma alternativa prática e econômica que pode beneficiar tanto pequenos comerciantes quanto grandes empresas. “O Tap to Pay tem o potencial de revolucionar o setor de pagamentos. Prevemos uma adoção crescente, beneficiando tanto os comerciantes quanto os consumidores e trazendo benefícios para a economia digital como um todo,” afirma Elizabeth.
A trajetória do Tap to Pay no Brasil demonstra como a tecnologia pode impulsionar o mercado de pagamentos, ao mesmo tempo em que apresenta novos desafios a serem enfrentados no caminho para uma adoção mais ampla e inclusiva.