Usina híbrida promete geração limpa, redução de emissões de carbono e benefícios para comunidades próximas ao Projeto Aurífero Juruena
A Keystone Mineração, em parceria com a Huawei Digital Power e a Aggreko, anunciou a criação de um projeto pioneiro de microrrede no município de Nova Bandeirante, Mato Grosso, destinado a atender às demandas energéticas do Projeto Aurífero Juruena. O acordo foi formalizado por meio de um Memorando de Entendimento (MOU), firmado no final de agosto.
O projeto prevê a implantação de uma usina híbrida de geração e armazenamento de energia solar e térmica, com capacidade inicial de 6 MW e potencial de expansão para até 20 MW. Além de atender à operação da mina, a usina deverá gerar excedentes para beneficiar comunidades próximas, impulsionando o desenvolvimento social e econômico da região.
“Estamos entusiasmados com as possibilidades desta colaboração e comprometidos em avançar com os próximos passos para viabilizar este projeto. É um marco histórico poder unir forças com empresas renomadas como a Aggreko e a Huawei, demonstrando o forte compromisso dessas empresas conosco na Amazônia”, ressalta Tim Chen, CEO da Keystone Mineração.
No acordo, a Huawei Digital Power fornecerá equipamentos e sistemas, incluindo inversores solares e a tecnologia BESS (Battery Energy Storage System) do portfólio Luna. Para Bárbara Pizzolatto, diretora de Negócios Off-Grid da Huawei Digital Power, este é um projeto pioneiro e transformador, que materializa a missão da empresa de promover energia renovável e sustentável em mercados desafiadores e regiões remotas. “A solução proposta é totalmente autônoma e traz benefícios significativos de eficiência e impacto ambiental. Nosso sistema de microrrede pode gerar uma economia de até 15% no custo total da usina e reduzir em mais de 23% as emissões de carbono”, afirma.
A executiva destacou ainda que a solução de baterias da Huawei possui tecnologia grid forming, garantindo segurança, confiabilidade e estabilidade na geração de energia, integrando-se perfeitamente à microrrede e reforçando o desenvolvimento social e econômico do Juruena com energia limpa.
A Aggreko ficará responsável pelo desenvolvimento da solução integrada de energia, combinando usina termelétrica, planta solar fotovoltaica e armazenamento em bateria. “Estamos diante de um momento histórico para a mineração brasileira. Combinando geração térmica, solar e armazenamento em baterias, o Projeto Juruena prova que é possível trazer inovação energética para regiões com acesso desafiador, reduzindo emissões, garantindo confiabilidade e impulsionando o desenvolvimento das comunidades locais. Para a Aggreko, é motivo de orgulho contribuir para a transição energética da Amazônia, unindo nossa experiência global em energia com o compromisso de promover desenvolvimento econômico e social de forma responsável”, salienta Cristiano Saito, diretor de Venda Utilities da Aggreko no Brasil.
A mina de ouro do Projeto Juruena ocupa cerca de 33 mil hectares, emprega atualmente 80 profissionais diretos e aproximadamente 300 indiretos, e adota um modelo de mineração industrial que busca unir produtividade econômica e responsabilidade socioambiental. A expectativa é que a usina entre em operação ainda em 2025.