Indústria catarinense amplia capacidade da usina termelétrica própria e passa a abastecer todo parque fabril da matriz, além de gerar excedente
A fabricação de produtos de alta qualidade que não prejudiquem ou tenham menor impacto no meio ambiente está entre os principais objetivos da indústria e dos grandes negócios. Neste cenário de crescimento sustentável, a Fumacense Alimentos, empresa cerealista situada em Morro da Fumaça (SC), fez investimento milionário para dobrar a produção de energia elétrica em sua usina termelétrica própria, que atualmente abastece todo o parque fabril da matriz e já gera excedente.
O projeto começou a ser desenvolvido em 2015 e passou a ser executado em 2022, com a adquisição de novos maquinários, que possibilitaram atingir 2700 kWh de geração de energia. “Muitos estudos foram necessários para chegar à estrutura ideal de uma proposta que atendesse todas as necessidades da indústria”, afirma o coordenador da Central Termelétrica da Fumacense Alimentos, o engenheiro eletricista Lucas Tezza.
Através de um investimento aproximado de R$ 10 milhões, os novos equipamentos possuem tecnologia mais eficiente, o que resulta no aumento de geração de energia, demandando a mesma quantidade de matéria prima que vinha sendo utilizada pela empresa nos últimos anos. Prova disso é o desempenho, que passou de seis mil para oito mil rotações por minuto, conferindo maior agilidade e resultado.
Com funcionamento 24h, todo o controle é feito de maneira unificada e remota, através de um software instalado no computador. Deste modo, é possível analisar diversos dados além da própria geração de energia, como a pressão e vazão do vapor, consumo de energia da fábrica, volume exportado e qualidade, em um único aplicativo
“Outro benefício é que o painel pode ser acessado de maneira remota, desde que com o acesso liberado, possibilitando o acompanhamento em qualquer lugar, basta apenas ter acesso ao Wi-Fi”, complementa Tezza.
A projeção é que, ainda no segundo semestre deste ano, a Fumacense Alimentos consiga comercializar o excedente de energia gerada para o sistema elétrico, de modo que a empresa consiga compensar o gasto da unidade de Alegrete (RS) e da Cervejaria do Grupo EZOS, localizada em Forquilhinha (SC).
“Já temos a licença do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), a autorização da Cooperativa Fumacense de Energia (CERMOFUL) e a validação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)”, explica o coordenador da Central Termelétrica. “Esse investimento reflete não apenas o compromisso da empresa com o meio ambiente, mas também sua visão de longo prazo para reduzir seu impacto ambiental”, conclui Tezza.