Iniciativas conjuntas reforçam o papel do Brasil como líder global em soluções baseadas na natureza e transição para uma economia de baixo carbono
O Grupo Boticário e a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza participam juntos da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro. A presença integrada das duas instituições marca a sinergia entre a estratégia empresarial e a agenda ambiental, destacando o papel do Grupo como referência em ESG e inovação sustentável no setor de beleza, e o protagonismo da Fundação como autoridade em Soluções Baseadas na Natureza (SBN), oceano, biodiversidade e adaptação climática.
“A conservação de recursos naturais é capaz de reduzir emissões de gases de efeito estufa, absorver grandes quantidades de carbono da atmosfera e aumentar a resiliência das cidades frente aos impactos das mudanças climáticas”, salienta André Ferretti, gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, que já esteve presente em 18 edições da COP.
A Fundação, membro observador da Conferência da ONU desde 2009, levará à COP30 sua experiência em SBN, adaptação climática, resiliência costeira e segurança hídrica. Entre as contribuições destacadas está a participação da bióloga Juliana Baladelli Ribeiro, gerente de projetos da instituição, no grupo técnico da ONU responsável pela definição dos Indicadores da Meta Global de Adaptação (GGA). Ela foi uma das 78 especialistas selecionadas mundialmente e dedicou-se especialmente aos indicadores ligados à biodiversidade, ecossistemas e Soluções Baseadas na Natureza.
Durante a conferência, no dia 11, a Fundação lançará a Plataforma Natureza ON, desenvolvida com tecnologias do Google Cloud e parceria com o MapBiomas, para mapear áreas de vulnerabilidade climática no Brasil e incorporar SBN na adaptação urbana. No dia 17 de novembro, apresentará ainda a Coalizão Corais do Brasil, criada em parceria com o WWF-Brasil e outros parceiros, voltada à proteção dos recifes de corais e à resiliência costeira.
Negócios e sustentabilidade: convergência de estratégias
Para o diretor de ESG do Grupo Boticário, Luis Meyer, a COP30 simboliza um marco de convergência entre negócios e sustentabilidade. “Estar ao lado da Fundação Grupo Boticário, compartilhando o mesmo propósito, reforça nossa convicção de que o futuro das empresas será construído com soluções baseadas na ciência. A sustentabilidade não é um anexo à nossa operação, ela é o próprio caminho de crescimento do Grupo Boticário. Participar da COP, no Brasil, é reafirmar nosso compromisso de longo prazo com a preservação ambiental, com a construção de uma economia que valoriza a conservação da natureza e a transição e adaptação climática como vetores essenciais para o desenvolvimento das organizações”, afirma o executivo.
Ferretti complementa que a realização da conferência em um país megadiverso amplia a relevância da pauta brasileira. “Temas como bioeconomia, conservação e manejo sustentável de ecossistemas naturais prometem estar no centro das discussões, ao lado de pautas fundamentais para o Brasil, como agropecuária e mudança de uso do solo, que são temas sensíveis por representarem os maiores setores emissores de gases de efeito estufa no país”, explica. E complementa: “estar em Belém significa ter acesso direto a tomadores de decisão, pesquisadores, organizações da sociedade civil, investidores, financiadores e representantes de governos locais e nacionais. É um espaço de construção coletiva fundamental”.
Do discurso à ação: adaptação climática no centro da agenda
A adaptação às mudanças climáticas vem ganhando destaque nas últimas edições da conferência, impulsionada pela frequência de eventos extremos ao redor do mundo. “É um desafio que exige medidas de adaptação desde já. Ainda que tenhamos sucesso na rápida descarbonização da economia, com a redução das emissões de gases de efeito estufa, será necessário adaptar os territórios para um clima que já mudou e seguirá mudando”, frisa Ferretti.
Com foco na integração das Soluções Baseadas na Natureza às políticas públicas e instrumentos legais, a Fundação defende que essas medidas são essenciais para fortalecer a resiliência das cidades e comunidades. “Nossa atuação busca integrar as SBN em políticas e instrumentos legais, promover a cooperação entre diferentes setores, ampliar o financiamento e direcionar a governança para que a natureza seja parte efetiva da solução. A COP30 é o momento ideal para consolidar esse entendimento globalmente. Em um contexto de urgência climática, o evento representa uma oportunidade para que o Brasil inspire, a partir da Amazônia, uma nova agenda internacional capaz de unir adaptação, biodiversidade e desenvolvimento sustentável”, afirma o executivo.
Circularidade como vetor de impacto positivo
Em sintonia com os debates da COP30, o Grupo Boticário também lançará, no dia 12 de novembro, uma nova unidade da Estação Preço de Fábrica, em Belém (PA), em parceria com a startup Green Mining e outras empresas. A iniciativa reforça o compromisso da companhia com a economia circular e a integração da sustentabilidade em toda a cadeia de valor.
“Mais do que um ponto de coleta, a nova unidade representa um ecossistema de impacto positivo, capaz de impulsionar a reciclagem local, remunerar catadores com valores acima do mercado tradicional e fomentar o reaproveitamento de materiais como vidro, plástico e papel. Com essa ação, o Grupo Boticário reafirma que a circularidade é vetor de inovação, inclusão social e desenvolvimento econômico sustentável e uma potente ferramenta para a redução de emissões na cadeia de valor”, conclui Meyer.
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