A big tech responde ainda a outro processo sobre monopólio, com julgamento em setembro, e processos antitruste
O Google foi considerado pela Justiça dos Estados Unidos como uma empresa que exerce monopólio, e poderá receber punições para ajustar o tamanho da sua influência. Essa foi a conclusão do processo movido pelo governo contra a big tech, que afirma que a empresa de tecnologia atua contra a livre concorrência, sendo considerada, pelo juiz Amit Mehta, entre as 286 páginas da sua decisão, como “monopolista”.
Quando se fala em buscas digitais, o Google atua com 90% de presença no mundo; seguido pelo Bing, da Microsoft, com 3,9%. Baidu, Yandex e Yahoo possuem cerca de 1% cada. O processo, entretanto, se deu pela estratégia de ampliação do Google, cujo site de buscas é o endereço padrão em aparelhos da Samsung e da Apple, e não se trata de preferência. Isto ocorre porque a Google efetua pagamentos bilionários para obter este espaço de destaque. Para se ter uma ideia dos valores, somente em 2022, a Apple recebeu US$ 20 bilhões (R$ 149 bilhões). Apesar da relação, a Apple não é ré no caso.
Além disso, o Google firmou parcerias com o desenvolvedor de navegadores Mozilla e com fabricantes de smartphones da Motorola e Sony, e estão sendo investigadas também as operadoras de telefonia móvel AT&T, Verizon e T-Mobile.
Esta estratégia do Google, colocada em xeque pelo governo americano, gerou, somente em 2023, US$175 bilhões em receita com publicidade nas buscas. O processo agora adentra a segunda fase, momento em que o tribunal determinará quais serão os ajustes de conduta da empresa. As penalidades ainda não foram indicadas pelo governo americano, mas uma das possibilidades poderá ser a restrição da capacidade do Google para firmar os acordos.
Google e outras big techs na mira em processos antitruste
O Google responde ainda a outro processo sobre monopólio, com julgamento em setembro. O governo dos Estados Unidos possui processos antitruste também contra outras big techs, que incluem Meta, Amazon e novas empresas do setor de inteligência artificial.
Muitas destas big techs também são alvo de investigações na Europa por abuso de poder e prática de anti concorrência.