Estudo revela ineficiência no investimento em campanhas com creators por falta de tecnologia

Pesquisa da BrandLovers mostra que decisões equivocadas na escolha de creators, precificação e segmentação impactam diretamente o retorno das campanhas

Imagine pedir uma pizza e, ao abrir a caixa, encontrar apenas um terço das fatias. Essa é a realidade enfrentada pelas marcas que investem em marketing de influência sem um suporte adequado de tecnologia e dados. Segundo uma pesquisa da BrandLovers, do total de R$ 2,18 bilhões movimentados anualmente pelo setor, até R$ 1,57 bilhão pode estar sendo desperdiçado devido a erros na seleção de creators, na precificação e na segmentação de audiência. Este é um alerta para a urgência de um modelo mais estruturado no marketing de influência.

“A identificação dessa perda deve servir como um alerta para as marcas. A mídia de influência é tão central para a geração de demanda em 2025 que precisa ser tratada como mídia de verdade – um jogo de ciência exata, e não de achismos”, destaca Rapha Avellar, CEO da BrandLovers.

A pesquisa, baseada na base de dados da BrandLovers, que conta com mais de 220 mil creators e realiza em média quatro pagamentos por minuto, analisou o desempenho de nano, micro e macro influenciadores. O estudo identificou três fatores principais que contribuem para o desperdício de recursos:

1. Escolha inadequada do perfil de creators

A definição entre nano, micro ou macro creators impacta diretamente a eficiência das campanhas. O levantamento revela que campanhas que utilizam micro creators apresentam um custo por visualização (CPView) de R$ 0,11, alcançando em média 9,1 milhões de visualizações. Já com macro creators, o CPView sobe para R$ 0,31, alcançando cerca de 3,2 milhões de visualizações. Isso significa que micro creators proporcionam um alcance 65% mais eficiente por real investido.

2. Precificação ineficaz e intermediários excessivos

A falta de um modelo multifatorial de precificação é outro problema recorrente. Muitos anunciantes ainda baseiam os valores pagos apenas no número de seguidores, desconsiderando indicadores essenciais como alcance efetivo e segmentação de audiência. Além disso, cadeias de pagamento mal estruturadas, com até cinco intermediários, podem elevar o custo de um mesmo creator em até seis vezes.

Para ilustrar o impacto da precificação ineficiente, a pesquisa comparou dois cenários:

Antes: Campanha baseada apenas no número de seguidores resultando em um CPView de R$ 0,16, com 3,1 milhões de visualizações.

Depois: Aplicando um modelo de precificação inteligente, o CPView caiu para R$ 0,064, permitindo 7,75 milhões de visualizações com o mesmo orçamento, um aumento de +150% no alcance da campanha.

3. Segmentação incorreta

Outro erro comum é a escolha de creators cuja audiência não está alinhada ao público-alvo da marca. O estudo revelou que campanhas com baixo fit entre creator e marca têm um CPView de R$ 0,30, enquanto aquelas com alto fit reduzem esse custo para R$ 0,09. A falta de segmentação baseada em dados pode representar um desperdício de até 72% do orçamento.

Como evitar perdas no marketing de influência?

Para otimizar os investimentos, Avellar recomenda que as marcas adotem um mindset analítico, aplicando tecnologia e dados na tomada de decisão. “As marcas precisam tratar o marketing de influência com a mesma seriedade que tratam outras frentes de mídia”, afirma.

Entre as estratégias sugeridas estão:

– Uso de tecnologia para identificar os creators mais eficazes com base em dados concretos;

– Planejamento focado no target da campanha, evitando escolhas baseadas apenas na associação de imagem;

– Precificação estratégica para maximizar a escala e o impacto das campanhas.

A pesquisa da BrandLovers evidencia que ajustes na abordagem podem maximizar significativamente os resultados, garantindo que cada real investido gere um impacto real e mensurável.


“A chave para o futuro do marketing de influência está na precisão. As marcas que souberem usar tecnologia e dados no centro de suas estratégias, conseguirão evitar desperdícios. Mais do que isso, elas serão capazes de maximizar o impacto real de suas ativações com creators. No final, o sucesso do marketing de influência não depende apenas de investir mais dinheiro, mas sim de investir com mais inteligência”, conclui Avelar.

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