Parques e Cruzeiros da Disney ainda representam 70% do lucro da empresa, enquanto o streaming e os filmes impulsionam os ganhos globais
A receita dos parques dentro dos Estados Unidos caiu 6%, enquanto o faturamento geral da Disney aumentou 4%, para US$ 23,1 bilhões, ou R$ 130,2 bilhões, em comparação ao mesmo período do ano passado. A queda nas receitas do parque é consequência de um comportamento considerado mais comedido entre os consumidores americanos. “O consumidor de baixa renda está sentindo um pouco de estresse”, disse Hugh F. Johnston, diretor financeiro da Disney, ao comentar os dados.
Os parques da Disney sempre foram uma peça fundamental no império de entretenimento construído por Walt Disney, servindo como destinos icônicos que capturam a imaginação de milhões de visitantes ao redor do mundo. Ao longo das décadas, esses parques não só definiram o padrão para experiências temáticas, como também desempenharam um papel crucial nas finanças da empresa, sendo um dos pilares de sua lucratividade. E, mesmo com a queda de faturamento, os parques temáticos permanecem cruciais na estratégia financeira da Disney: se somados aos navios de cruzeiro, representam 70% do lucro da empresa em 2023.
Entretanto, em um movimento estratégico para se adaptar às novas demandas do mercado, a Disney tem expandido sua presença no setor de streaming, uma mudança que está começando a mostrar resultados significativos, além dos já famosos filmes da Disney. A divisão de entretenimento, responsável pelas produções cinematográficas, foi destaque no trimestre, com o lançamento dos filmes “Divertida Mente 2”, líder de bilheteria no mundo, e “Planeta dos Macacos: O Reinado”. Já as marcas de streaming Disney+, Hulu e ESPN+, tiveram crescimento nas receitas e registraram o primeiro lucro somado. O Disney+ terminou o trimestre com 153,8 milhões de assinantes em todo o mundo, o que representa um aumento de 200 mil assinantes em relação ao anterior.
A expansão no setor de streaming e o sucesso de suas produções cinematográficas mostram que a Disney vem se adaptando às mudanças no comportamento do consumidor, ao diversificar e fortalecer suas fontes de receita e posicionamento no mercado global também em outros segmentos.