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CNI avalia missão empresarial a Washington como positiva, mas destaca necessidade de avanço nas negociações

Empresários brasileiros abriram diálogo com autoridades dos EUA sobre tarifas e oportunidades em setores estratégicos

A missão empresarial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aos Estados Unidos cumpriu seu papel de facilitadora nas negociações sobre as tarifas de 50% impostas pelo governo de Donald Trump, mas ainda há desafios a serem enfrentados.

Segundo Ricardo Alban, presidente da CNI, os três dias de encontros em Washington abriram espaço para um diálogo que precisa ser continuado. “Faço um balanço muito positivo, mas mais do que o meu, o que importa é o dos 130 membros que participaram dessa missão. E qual foi o feedback que recebemos? Resumindo em duas palavras: missão cumprida. Mas isso é suficiente? Claro que não. A missão continua”, afirmou Alban.

Durante a agenda, a CNI levou à mesa temas de interesse comum para ampliar a pauta da relação bilateral, com destaque para três setores considerados estratégicos: a produção de combustível sustentável de aviação (SAF), a instalação de data centers sustentáveis e a exploração de minerais críticos e terras raras.

“Estamos preparados para sentar à mesa de forma construtiva, discutindo não apenas problemas, mas oportunidades. Esses três setores foram muito bem recebidos pelo governo americano, especialmente pelo Departamento de Comércio Exterior”, acrescentou Alban.

A comitiva reuniu 130 empresários, federações industriais de oito estados e associações de setores afetados pelas tarifas. O grupo participou de reuniões com o subsecretário de Comércio para a Indústria e Segurança, Jeffrey Kessler, o secretário adjunto do Departamento de Estado, Christopher Landau, parlamentares e a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Cecília Ribeiro Viotti.

O consultor da CNI, Roberto Azevêdo, também representou a entidade em audiência no Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR), que conduz investigação sobre práticas comerciais brasileiras. Segundo ele, o papel do setor privado foi essencial: “O próximo passo é mapear as áreas de convergência e voltar a dialogar com autoridades dos EUA e com o Congresso”.

Mesmo diante das barreiras impostas pelo governo Trump, Alban reforçou a visão de longo prazo: “Todos tinham clara percepção de que não viemos para resolver o problema agora, mas para plantar sementes. O trabalho continua. Temos que estar preparados para tirar oportunidades dessa crise”.

Brasil e Estados Unidos mantêm uma parceria de 200 anos, baseada em comércio, investimentos e integração produtiva. Nos últimos dez anos, os EUA acumularam superávit de US$ 91,2 bilhões na balança de bens, número que chega a US$ 256,9 bilhões quando se incluem serviços.

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