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BRICS destaca avanços e desafios na inclusão de mulheres

Relatório apresentado no Fórum Empresarial do BRICS, no Rio de Janeiro, aponta conquistas e desigualdades na participação feminina nos países do bloco

A participação feminina na ciência, inovação e economia digital vem avançando nos países do BRICS, mas desafios relacionados à equidade de gênero persistem em áreas estratégicas como política, mercado de trabalho e liderança empresarial. Os dados constam do Relatório de Desenvolvimento das Mulheres do BRICS 2025, elaborado pela BRICS Women’s Business Alliance (WBA) e apresentado aos Chefes de Estado durante o Fórum Empresarial do BRICS, realizado no Rio de Janeiro.

O Fórum Empresarial do BRICS é uma plataforma que impulsiona a cooperação entre os países membros diante de desafios globais, com foco em inovação, sustentabilidade e inclusão econômica. O evento contou com patrocinadores como XCMG, DP World, Keeta, WEG, Embraer, Vale, Febraban, Marfrig/BRF, SENAI, SESI e IEL, além do apoio de entidades como Natura, SEBRAE, ApexBrasil e Firjan.

De acordo com Mônica Monteiro, global chairperson do Women Business Alliance (WBA) do BRICS e presidente do Fórum Industrial da Mulher Empresária na Confederação Nacional da Indústria (CNI), “o relatório do BRICS mostra que investir em políticas que ampliem o acesso feminino a setores estratégicos é não apenas uma questão de justiça social, mas uma decisão inteligente para o desenvolvimento sustentável dos países”.

Avanços e desigualdades na educação

O estudo destaca taxas de matrícula no ensino superior elevadas em Emirados Árabes Unidos (96,4%), Rússia (89,1%) e China (78,1%). No entanto, Etiópia, Índia, África do Sul e Egito ainda apresentam taxas inferiores a 40%. Mesmo com conquistas na educação, persistem desafios na ocupação feminina em áreas STEM e em posições de liderança acadêmica.

Saúde da mulher: progressos e desafios

Houve avanços significativos na saúde feminina, com redução de mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida, liderada por Emirados Árabes Unidos (84,2 anos). O Brasil ocupa a quarta posição, com 78,9 anos. O relatório sugere políticas públicas para apoiar gestação e cuidados infantis, como forma de incentivar a fecundidade, hoje em queda em várias nações do bloco.

Participação feminina no mercado de trabalho

No mercado de trabalho, China (59,9%), Etiópia (57,4%), Rússia (55,2%) e Brasil (53,2%) registram altas taxas de participação feminina. No entanto, a desigualdade salarial persiste. Emirados Árabes (10º), China (14º) e Indonésia (15º) figuram entre os melhores no ranking global de igualdade salarial. O Brasil ocupa a 118ª posição.

Representatividade política e empresarial

A presença de mulheres nos parlamentos é expressiva nos Emirados Árabes (50%), África do Sul (45,9%) e Etiópia (41,3%). O Brasil apresenta 17,5% de mulheres na Câmara dos Deputados. Em conselhos empresariais, a África do Sul lidera com 34,9%. No Brasil, a participação feminina em cargos de direção em ciências da vida e saúde saltou de 6,1% para 18,2% entre 2021 e 2023.

Inclusão digital ainda é desafio

Apesar dos avanços tecnológicos, mulheres ainda enfrentam barreiras de acesso digital: possuem 13% menos smartphones e 15% menos acesso à internet via celular que os homens, o que reforça a urgência de políticas inclusivas.

Destaque para o Brasil

O relatório dedica um capítulo ao Brasil, destacando melhorias em educação, saúde e inovação. As mulheres brasileiras alcançaram 59,1% das matrículas no ensino superior e o país reduziu em 36% a transmissão vertical do HIV. Políticas públicas como a Lei da Igualdade Salarial e o “Emprega+Mulheres” vêm ampliando a participação feminina no mercado de trabalho, que chegou a 53,1% em 2023. No entanto, a desigualdade salarial persiste em 19,4%, chegando a 25,2% em cargos de gestão.

Na ciência e inovação, projetos como “Meninas em STEM” e “Cientistas do Futuro” contribuem para ampliar o acesso feminino a áreas estratégicas. Apesar dos avanços, o país enfrenta desafios como a baixa representatividade política e o subfinanciamento de políticas públicas.

Recomendações do relatório

O documento sugere revisar currículos escolares com perspectiva de gênero, capacitar professores, criar bancos de talentos femininos, estabelecer metas de equidade e adotar políticas flexíveis nas organizações. O fortalecimento da infraestrutura digital e a inclusão do tema nas estratégias nacionais de desenvolvimento são apontados como fundamentais para consolidar a igualdade de gênero.

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