Aumento na conscientização das empresas faz neutralização de gases do efeito estufa avançar

Companhias de todos portes já percebem as vantagens competitivas da compensação de carbono

Empresas que adotam medidas proativas para reduzir suas emissões de carbono e promover a sustentabilidade ambiental são percebidas como mais atraentes para investidores e podem se beneficiar de uma vantagem competitiva no mercado. Além de atender às expectativas dos consumidores e da sociedade, as práticas ESG também têm implicações financeiras significativas.

No mundo todo, a neutralização de carbono está emergindo como uma prioridade para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e promover um futuro mais resiliente e sustentável para nós e as futuras gerações. Há uma conscientização cada vez maior do quanto esses gases são prejudiciais ao meio ambiente.

Para se ter uma ideia, o número de companhias que reportam suas emissões de carbono é maior a cada ano. De acordo com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces), 434 organizações publicaram inventário de gases de efeito estufa no ano passado. A quantidade é 42% maior do que em 2022, quando 305 organizações fizeram a publicação.

Este importante dado mostra como as empresas estão tratando o tema. Tais inventários são essenciais para que possa ser feita a neutralização. É com base neles que são planejadas e efetuadas as compensações dos gases do efeito estufa.

Neutralização de carbono refere-se ao processo de compensação das emissões de carbono por meio de atividades que reduzem ou absorvem uma quantidade equivalente de carbono da atmosfera. Isso pode incluir investimentos em projetos de reflorestamento e manutenção florestal, energia renovável ou captura de carbono. A neutralização de carbono é crucial porque ajuda a mitigar os impactos negativos das emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para a estabilização do clima global.

A comprovação das ações relacionadas à neutralização de carbono e às práticas ESG é fundamental para garantir a transparência e a credibilidade das empresas. Isso pode ser alcançado por meio de relatórios detalhados, auditorias independentes e certificações reconhecidas internacionalmente. Ao demonstrar de forma tangível seus esforços e resultados na redução das emissões de carbono e no cumprimento de padrões ambientais, as empresas podem fortalecer sua reputação, aumentar a confiança dos stakeholders e impulsionar seu desempenho financeiro a longo prazo.

A importância disso tem sido cada vez mais difundida por conta da criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), uma vez que ele estabelece tetos para emissões e um mercado de venda de títulos. Adicionalmente, temos a Resolução 193 da CVM, que define regras para a elaboração e divulgação do relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade.

“Estas normas e regulações farão este movimento andar com mais rapidez. Muitas empresas já perceberam que em um futuro não muito distante, a neutralização de carbono será mandatória”, afirma Luiz Henrique Terhorst, CEO e Fundador do Carbon Free Brasil.

Neste contexto, o Carbon Free, empresa cuja missão é fazer da neutralização das emissões de CO₂ uma tarefa descomplicada e acessível a todas as empresas por meio do crédito de carbono e ações como o plantio de árvores, aparece como uma parceira para ajudar as empresas a encontrarem um caminho mais sustentável. E não apenas de empresas brasileiras, mas de multinacionais que trazem este conceito de suas operações globais. Alguns exemplos são a Sterlite, empresa indiana de tecnologia óptica e digital; a Jeep, montadora de veículos; John Deere, fabricante de máquinas e equipamentos agrícolas; Lufthansa, companhia aérea alemã; e a cervejaria Heineken.

“São empresas de diversos segmentos, países e tamanhos. Mas elas têm uma coisa em comum, a percepção de que lidar com sustentabilidade é algo que deve fazer parte da realidade de todas as empresas”, destaca Terhorst. “Grandes corporações estabeleceram metas ambiciosas para alcançar a neutralidade de carbono até 2030, mas os movimentos nos mostram que não serão apenas as gigantes que avançam na compensação de carbono. Outras companhias já perceberam que isso já é um diferencial competitivo”, conclui Terhorst.

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