Pesquisa destaca que equilíbrio entre tecnologia e capital humano será decisivo para o sucesso empresarial da próxima década
A Robert Half lançou um estudo inédito sobre os principais desafios de executivos C-Level e investidores de private equity nos próximos dez anos. O levantamento mostra que a transformação digital, somada à escassez de talentos especializados, será determinante para a competitividade, exigindo dos líderes uma combinação de visão estratégica e sensibilidade humana.
De acordo com os entrevistados, as maiores pressões sobre as empresas até 2035 virão da necessidade de garantir infraestrutura de TI robusta, acompanhar a velocidade das inovações tecnológicas e atrair, desenvolver e reter os melhores profissionais. Outros pontos citados com frequência foram a adaptação às transformações da força de trabalho, a privacidade de dados, o avanço da cibersegurança, o ritmo acelerado da inovação e a necessidade de responder a mudanças no comportamento do consumidor. Mudanças climáticas, sustentabilidade e gestão de equipes remotas também entram na lista dos desafios.
“A principal lição é que a liderança executiva do futuro será resultado de uma combinação das duas dimensões – não apenas digital ou somente humana. O equilíbrio entre inovação tecnológica com visão estratégica e sensibilidade é o aspecto que unirá as companhias que prosperarem até 2035”, afirma Mário Custódio, diretor de recrutamento executivo na Robert Half.
O estudo ainda aponta que, para superar esses desafios, as empresas já começam a se preparar. Entre as principais medidas citadas estão o desenvolvimento de habilidades da força de trabalho para o futuro, o estabelecimento de diretrizes éticas para adoção de tecnologia e o reforço da gestão de riscos. Também aparecem com destaque a construção de resiliência de liderança, a aceleração dos ciclos de inovação, o fortalecimento do planejamento de sucessão e a adoção de práticas ágeis de gestão. Além disso, análises avançadas para tomada de decisão, melhorias em cibersegurança e estratégias mais robustas de ESG são vistas como elementos-chave.
“As empresas que começam a se preparar hoje terão uma vantagem competitiva significativa na próxima década. Diante de um cenário de rápidas transformações, ao antecipar tendências, líderes e investidores podem construir times de alta performance e garantir que as estratégias de talento estejam no centro da agenda corporativa”, complementa Custódio.
Metodologia: A pesquisa foi realizada com 100 executivos brasileiros, incluindo membros de conselhos, alta e média gestão e 100 investidores de private equity da Europa e dos Estados Unidos, oferecendo uma visão integrada sobre os rumos da liderança empresarial nos próximos dez anos.
