Parceria entre Dow, Valgroup e Catarina Café e Amor, articulada pelo Movimento Circular, inaugura solução monomaterial inédita no país
O Brasil acaba de alcançar um marco na jornada rumo à economia circular com o lançamento da O1NE, primeira embalagem monomaterial de café desenhada para a reciclagem no país. O projeto é resultado de uma articulação liderada pelo Movimento Circular, que uniu a expertise tecnológica da Dow e da Valgroup à visão pioneira da Catarina Café e Amor, torrefação especializada em cafés premium.
A novidade chega em um cenário de altíssimo consumo. De acordo com o Departamento de Sustentabilidade da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café), o setor movimentou R$ 36,8 bilhões em 2024, com 21,9 milhões de sacas de café industrializado consumidas. Desse volume, cerca de 80% se transforma em café torrado e moído, o que representa mais de 1 bilhão de quilos por ano. Isso se traduz em aproximadamente 3,3 bilhões de embalagens colocadas no mercado anualmente, a maioria destinada a aterros sanitários ou lixões.
A O1NE surge como resposta concreta a esse desafio ambiental, sendo a primeira embalagem do tipo desenhada desde a concepção para viabilizar a circularidade. “A embalagem O1NE é o primeiro modelo pensado desde a concepção para possibilitar a circularidade, onde a ciência de materiais oferece uma resposta concreta às demandas por embalagens sustentáveis”, afirma Vinicius Saraceni, diretor geral do Movimento Circular.
A inovação foi viabilizada por meio do Pack Studios, centro global de inovação em embalagens da Dow, que aplicou tecnologias de resinas de alto desempenho como ELITE™ AT e INNATE™. O resultado é uma embalagem com barreira funcional contra umidade e oxigênio, resistência mecânica e apelo visual, mantendo a performance do produto e promovendo reciclabilidade.
A tecnologia desenvolvida é escalável e pode ser adaptada para atender também outros segmentos industriais. “Queremos inspirar outros segmentos a seguir o mesmo caminho. Essa tecnologia é escalável e adaptável a diferentes setores, como alimentos, cosméticos e limpeza. É uma plataforma de inovação com potencial para redefinir os padrões de sustentabilidade da indústria de embalagens, especialmente no segmento de café onde apresenta uma inovação sem precedentes no Brasil”, afirma Leticia Vanzetto, gerente de Desenvolvimento de Mercado para Embalagens da Dow.
Com esta implementação, a Catarina Coffee se torna exemplo para uma mudança significativa no setor cafeeiro e se mostrou uma parceira estratégica na aplicabilidade da embalagem no mercado. “A Catarina Coffee nos mostra que a mudança depende de ousadia com responsabilidade. A marca entendeu o desafio e abriu as portas para colocarmos no mercado o que muitas grandes empresas se mostraram mais conservadoras. Esse movimento para embalagens que favorecem a reciclagem e que foram pensadas para a circularidade é fundamental para que possamos reduzir o impacto ambiental do consumo”, declara João Alves, gerente de Inovação da Valgroup.
Com sete anos de atuação, a torrefação Catarina Café e Amor se destaca pelo compromisso com a sustentabilidade em toda a cadeia, do grão à xícara. “Somos uma torrefação que cuida de cada etapa do processo – do grão até a xícara do cliente – porque sabemos que tudo o que fazemos, de alguma forma, volta para a natureza e interfere na saúde do planeta”, explica Marina Souza Gomes, uma das sócias da empresa. “Isso impacta a safra, mexe nos preços, afeta a qualidade… no fim, tudo está conectado, num ciclo constante”, conclui.