Atrasos e falta de mão de obra afetam paradas industriais

Levantamento da Timenow com 213 profissionais do setor revela que metade das empresas enfrenta atrasos relevantes nas manutenções e apenas 8% usam tecnologias avançadas

Uma pesquisa inédita realizada pela Timenow, empresa brasileira de engenharia com quase 30 anos de atuação, revela gargalos críticos na execução das grandes paradas industriais no país. O estudo Panorama de Paradas de Manutenção aponta que 50% das empresas enfrentam atrasos superiores a 5% nessas operações, e 23% relatam atrasos acima de 10%, com impacto direto em produção, custos e indicadores de performance.

Baseada nas respostas de 213 profissionais de setores como mineração, energia, química, siderurgia, papel e celulose, alimentos e bebidas e óleo e gás, a pesquisa mapeia os principais entraves à execução eficiente das paradas. A falta de mão de obra qualificada aparece como o maior desafio para 38% dos respondentes, seguida por mudanças de escopo (27%) e falhas no planejamento (18%).

“Observamos um paradoxo: há mais planejamento e consciência estratégica, no entanto, as empresas continuam enfrentando falhas básicas de execução, principalmente pela escassez de mão de obra técnica especializada. A execução de uma parada depende tanto do planejamento quanto da capacidade real de quem está no campo”, afirma Wester Cardozo, diretor de Operações da Timenow.

Embora 42% das empresas já contemplem as paradas industriais em seus planejamentos estratégicos com até cinco anos de antecedência e 61% adotem ações de manutenção preventiva, persistem deficiências estruturais no controle do escopo e na capacitação das equipes operacionais. Apenas 15% dos profissionais avaliam seu planejamento como “muito eficaz”, e mais da metade das operações ainda se apoia em registros manuais e planilhas.

Outro ponto crítico identificado pelo estudo é a subutilização de tecnologia. Ferramentas avançadas como IIoT (Industrial Internet of Things) e inteligência preditiva são empregadas por apenas 8% das empresas, mas esse dado exige atenção “Planejar uma parada vai muito além do cronograma — envolve decisões técnicas, logísticas e humanas. Sem profissionais qualificados e processos maduros, o risco de atraso é inevitável”, afirma Victor Simões, Para o head de Gestão de Ativos e Paradas Industriais da Timenow.

Como recomendações estratégicas, o estudo destaca a importância de:

Planejamento integrado com, no mínimo, dois anos de antecedência;

Controle rígido de escopo e cronograma;

Seleção técnica de fornecedores;

Treinamento contínuo das equipes operacionais;

Adoção de tecnologias como dashboards em tempo real e softwares integrados;

Rituais pós-parada para consolidar aprendizados e boas práticas.

Para Cardozo, o setor passa por um momento de transição. “Cada parada bem executada gera inteligência para a próxima. É assim que se constrói eficiência industrial no longo prazo.” O executivo reforça que os ganhos vão além da produtividade: “O documento reflete um momento de transformação do setor industrial brasileiro. As empresas que enxergam suas paradas como oportunidades estratégicas — e não apenas operacionais — colhem resultados mais seguros, eficientes e sustentáveis.”

Metodologia

O estudo “Panorama de Paradas de Manutenção” da Timenow foi realizado com 213 profissionais de empresas de diversos setores industriais, 72% deles com mais de dez anos de experiência. A amostra abrangeu negócios de diferentes portes, sendo 51% com mais de 1.000 colaboradores.

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