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Economia de baixo carbono pode adicionar até R$ 465 bilhões ao PIB brasileiro, aponta estudo do Itaú e FGV

Parceria entre Itaú Unibanco e Fundação Getulio Vargas demonstra que o Brasil pode transformar a agenda climática em um vetor estratégico de crescimento, inovação e competitividade global

Um estudo elaborado pelo Itaú Unibanco, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), aponta que a transição para uma economia de baixo carbono pode representar uma das maiores oportunidades de crescimento sustentável da história recente do país. Intitulado “Benefícios da Transição para uma Economia de Baixo Carbono”, o levantamento revela que o movimento de descarbonização pode adicionar entre R$ 337 bilhões e R$ 465 bilhões ao PIB brasileiro até 2035 e gerar até 1,9 milhão de empregos, sobretudo em setores estratégicos como energia e agropecuária.

Mais do que números, o estudo reforça o papel do sistema financeiro como catalisador dessa transição. “O estudo reforça que a transição para uma economia de baixo carbono pode transformar desafios ambientais em oportunidades concretas de inovação, crescimento econômico e geração de empregos para o país.

O sistema financeiro, especialmente, está comprometido em apoiar clientes e parceiros com soluções financeiras inovadoras e consultoria especializada, para que avancem de forma segura e rentável nessa jornada. No Itaú, assumimos o compromisso de sermos o banco da transição econômica, ajudando o Brasil a liderar o desenvolvimento de uma economia mais verde, inclusiva e resiliente”, afirma Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú Unibanco.

Baixo carbono como diferencial competitivo

Com 88% de sua matriz elétrica já proveniente de fontes renováveis como hidrelétrica, eólica, solar e biomassa, o Brasil ocupa uma posição privilegiada no cenário global. O estudo da FGV mostra que essa base energética limpa, somada à vocação agroambiental do país, oferece condições para ampliar a independência energética, reduzir riscos climáticos e fortalecer cadeias produtivas de alto potencial competitivo, como transporte, siderurgia e construção civil.

Na prática, a expansão das fontes renováveis pode mobilizar R$ 295 bilhões em investimentos e gerar efeitos multiplicadores sobre o emprego e o PIB. Cada R$ 1 investido em energia renovável pode gerar até R$ 1,57 de retorno na economia, com destaque para a geração de empregos qualificados e o fortalecimento de fornecedores nacionais.

“Ao reunir dados detalhados, análises empíricas e simulações econômicas, o estudo demonstra que a agenda climática de mitigação e adaptação deve ser encarada como um caminho estratégico para impulsionar a prosperidade do Brasil, gerando benefícios concretos para a sociedade e para o desenvolvimento sustentável do país”, explica Daniel da Mata, coordenador do estudo e professor da FGV.

Agro, energia e indústria no centro da transformação

Entre os setores com maior potencial de impacto positivo estão o agronegócio e a energia. Na agricultura, tecnologias de adaptação, como sementes mais resistentes e ampliação da agricultura de precisão, podem evitar perdas econômicas de até R$ 61 bilhões por ano nas principais culturas do país.

Já no setor energético, a expansão de usinas solares e eólicas, especialmente no Nordeste, tem contribuído para reduzir custos operacionais e gerar empregos locais qualificados. A adoção de sistemas integrados, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), fortalece a resiliência do solo, sequestra carbono e aumenta a produtividade, enquanto setores industriais, como o de cimento, já vêm substituindo insumos para reduzir emissões de CO₂ e agregar valor a resíduos industriais.

“Nosso papel é viabilizar financeiramente a transição, conectando o setor produtivo à nova economia de baixo carbono. Queremos catalisar o desenvolvimento de soluções que unam crescimento econômico, inovação e sustentabilidade”, reforça Luciana Nicola.

Metodologia e base técnica

A pesquisa, conduzida pela equipe técnica da FGV sob coordenação dos economistas Daniel da Mata e Joelson Sampaio, utilizou modelagem econométrica e a metodologia Insumo-Produto, amplamente reconhecida por mensurar efeitos multiplicadores de investimento sobre PIB e emprego.

A abordagem permitiu quantificar de forma inédita os ganhos econômicos e sociais da ação climática, comprovando que crescimento e sustentabilidade não são forças opostas, mas complementares. Os cálculos se basearam em dados oficiais do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2034 e 2035), contemplando setores como solar, eólica, biomassa e biocombustíveis. Para avaliar a adaptação agrícola, foram utilizadas modelagens econométricas em painel, relacionando produtividade das culturas (milho, soja, arroz e café) às projeções de temperatura.

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